Access foi criada em 2015 por Andrea Conrado, uma humanitária focada em desenvolvimento internacional. Andrea cresceu em um bairro próximo às favelas de São Paulo, onde o tráfico de drogas e outros crimes relacionados ao tráfico moldam as redondezas. Sua curiosidade sobre a história de São Paulo e as dinâmicas das comunidades a levaram a explorar as favelas de forma mais profunda.
Observando a dificuldade geral da vida comunitária por causa do tráfico de drogas, da criminalidade e da pobreza, suas descobertas a motivaram a encontrar-se com ONGs locais e com membros da comunidade previamente envolvidos na criminalidade. Essas conversas acabaram por criar parcerias com outros projetos culturais que também tinham por objetivo impactar o máximo possível de pessoas.
Após um ano do início dessas conversas, Andrea encontrou alguns jovens adultos que eram ativos no mundo do crime nessas comunidades em São Paulo. Penas de prisão os motivaram a fazerem uma mudança positiva na vida deles e também na de outros jovens em suas comunidades. Andrea começou a encontrar com eles uma vez por semana. Finalmente, ela sugeriu a começarem um programa de resolução de conflitos para crianças, para educá-los em como agir em situações comprometedoras. Sua influência se espalhou. Andrea começou então a estabelecer mais conexões, fazer mais reuniões e influenciar mais pessoas. Seus planos para criar zonas seguras para a juventude de São Paulo começaram a ganhar mais interesse público e popularidade. Em outubro de2017, Access São Paulo inaugurou seu primeiro centro de apoio e educação.
As experiências anteriores da Andrea com ONGs em Washington, D.C. influenciaram sua decisão de registrar a Access São Paulo (ASP) nos Estados Unidos, embora a sede operacional fique em São Paulo, Brasil. Em julho de 2017, ASP obteve o status oficial de entidade filantrópica sem fins lucrativos. Andrea visita Washington, D.C. regularmente para criar contatos, para a captação de recursos e para sensibilizar mais pessoas sobre sua causa.
A Access trabalha para a conscientização global dos desafios enfrentados por comunidades em alta vulnerabilidade no Brasil e ajuda a levantar fundos para implementar projetos de educação dentro das favelas. Com nossos parceiros, trabalhamos com os jovens por meio de projetos educacionais que ensinam STEM (Science, Technology, Engineering, and Math), Inglês, cidadania global, engajamento político e responsabilidade social por meio de métodos inovadores. O objetivo é desenvolver futuros líderes comunitários e profissionais de sucesso, dando mais acesso, melhores oportunidades, mostrando-lhes que a vida no crime não é a única opção como muitos pensam.
Nosso projeto piloto “NAVE” (Núcleo de Acolhimento e Valorização da Educação) está em uma das áreas mais pobres da favela do Capão Redondo. Este projeto agora atende cerca de 50-60 crianças entre 3-11 anos de idade. A maioria dessas crianças são filhos de pais viciados em drogas, negligenciadas em casa, assim como pelo sistema de educação pública. Trabalhamos com estas crianças para desenvolver sentidos humanos básicos, responsabilidade social e cidadania. Nós ajudamos aqueles que estão muito atrasados em leitura e escrita em um programa de reforço na alfabetização, ensinamos arte, cultura global, educação alimentar e consciência ambiental. Com as crianças mais novas, a Access foca na prevenção da violência, para que estas não se tornem alvos fáceis de recrutamento para o crime organizado.
Ainda estamos trabalhando na elaboração de projetos focados nos jovens adolescentes dessas comunidades.
Além desses projetos, a Access também se concentra em fornecer informações imparciais, ressaltando os equívocos que cercam as violentas condições da cidade de São Paulo. Nosso principal objetivo é capacitar os jovens marginalizados pela violência recorrente. Tentamos desconstruir barreiras sociais que promovem a marginalização social, o preconceito e a privação econômica.
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